sábado, 27 de junho de 2009

Teoria de botequim (2) - criando polêmicas

Premissas e Elucubrações (2)



Onde acaba a admiração pelo universo ficcional criado por uma pessoa, seus elementos de ambientação, personagens e situações, e começa a obra autônoma, com o ponto de vista único que só nossa visão única e individual é capaz de captar e assim sendo torna-se uma necessidade pessoal de expressão ficcional pessoal?

Onde acaba o fanfic e começa a obra derivativa, o spin-off? Quando somos capazes de dizer que superamos o estágio de cópia com fins de aprendizado e nos criamos a homenagem com H maiúsculo?


Se você copia de um, é plágio. Se copia de muitos, é pesquisa e homenagem! (Fernando Aoki)


Quando é que sua própria criação, nascida da admiração, da vontade de ser igual, tão válido, maravilhoso e admirável quanto a inspiração-fonte, quando é que este fruto de um impulso criador pessoal nosso transcende este estágio larval ou crisálida para transmutar-se, para alçar seu próprio voo e seguir seu próprio rumo, até aquele estágio inebriante em que o próprio autor parece não ter mais controle sobre as ações daquele personagem que ganhou vida própria, daquela história que começou a se escrever sozinha de tão bem confeccionada?

Tomei contato com um spin-off recente, baseado no Universo Ficcional do Tetsuwan Atom, do falecido Osamu Tezuka (cujo nome continuamente aparece nos créditos como co-autor, vinte anos após sua morte), chamado PLUTO, uma história em quadrinhos com 65 episódios EXTREMAMENTE bem escrita, respeitando tanto aquele universo ficcional quanto o fato de nossa visão de futuro ter evoluído 40 anos desde a época das histórias originais. E me fez chorar, emocionar e torcer pelos personagens, seus dramas e ansiar pela solução da trama da história.

Dá uma tremenda sensação de mal-estar prévio essa alusão inicial a elementos conhecidíssimos de um universo ficcional alheio. E isso nos deixa pré-indispostos com a obra independente de seu próprio valor. Exceto as paródias!

E não tenho nenhuma posição definida a este respeito! Nem pró, nem contra.

O resgate das memórias e perdas que ninguém parece se importar...

“A Prisioneira D’Alma (Sérgio Molina e Lílian Jacoto, interpretado pela banda Canastra) Cada detalhe me comove Me mexe, eu deixo me envol...