sábado, 24 de janeiro de 2009

Mas o que mais me dói: você escolheu errado seu super-herói

Como nasce um herói sob encomenda:



  1. Os Imbatíveis - 1985Eu tinha meu grupinho de heróis que adorava brincar - Os IMBATÍVEIS (1985), que coisa meiga, que mimo, que gente bem humorada



  2. Tentei melhorar o conceito dos personagens, e reduzi seu número para melhor administrar as tramas. E ensaiando melhorias no visual, surgiu FIREFORCE



  3. Acompanhando a troupe do Peixoto quando ele apresentou o projeto da HQ ESQUADRÃO HÁRPIA, mostrei aquela ilustração ao Tony Fernandes. Ele enxergou potencial no homem vestido de armadura negra, e pediu que eu desenvolvesse uma história para aquele personagem. Era o início para o Alma de Aço


...Uma história pra contar, de um mundo tão distante...

Quero definir as regrinhas do jogo para o meu querido personagem, Robô biruta!



Eu adoro este desenho! Notaram que tá todo mundo no chão, menos o Alma que levanta vôo? É isso mesmo, adoro metáforas sutis!


  1. Este é um Universo Estanque do ponto de vista termodinâmico:

    a quantidade de energia total do Universo é sempre a mesma, seja como energia mesmo, seja como matéria. E esse conceito SE ESTENDE ÀS ALMAS: a quantidade de energia "álmica" é sempre a mesma, a somatória total de entidades VIVAS e MORTAS permanece igual. A dinâmica da conta é que às vezes os existentes estão em quantidade menor que os que repousam “em estado potencial”.

  2. Indivíduos só existem em vida. Na morte, é tudo energia coletiva com potencial para vida:

    isso dá um desespero e uma baderna filhadaputa na cabeça das pessoas religiosas, mas é uma explicação plausível para as coisas funcionarem no universo: se depois de mortos somos convertidos em energia potencial, que será convertida em vida novamente para os nascidos agora e futuramente, QUAL O SENTIDO DE SE PRESERVAR A INDIVIDUALIDADE DO SER quando ele está "estocado", se a quantidade de energia correspondente a ele será empregada na vida de UM SER TOTALMENTE NOVO?¹

  3. Ciência rules... mas nunca sem Supervisão externa:

    Este é um universo típico de histórias clichê de ficção científica: Tudo é possível para a ciência, e aquilo que está fora do alcance da ciência, ou é objeto de pesquisa, ou apresenta funcionamento coerente com as teorias científicas vigentes. A ciência e a história explicam as religiões cultuadas pelos povos alienígenas que aparecerão.

    AGORA, mesmo com tudo, com toda essa arrogância científica, há aqueles fenômenos que escapam das previsões, das compreensões, e principalmente, do CONTROLE: pequenos milagres.

    Pois é, criançada... aquele cara que vocês viviam dizendo que era nosso amigo imaginário, Deus, não existe apenas na imaginação: apenas não gosta de ficar dando palpite na brincadeira dos pequenininhos, ele sabe que o melhor jeito desse pessoalzinho aprender é ficar de lado e assistir. Só que às vezes ele dá uma cutucada pra cair a ficha da molecada que eles ainda tem que comer muito arroz com feijão pra assumirem direito o papel de senhores da criação...

  4. Corolário - se ciência rules, superpoderes são dons da ciência:

    Um pouquinho pior que isso. É essencialmente tecnologia militar que costuma cair em mãos civis sem o devido cuidado, nem o devido controle. Isso quando a tecnologia militar em questão não ganha vontade própria e sai por aí peregrinando pelo mundo e batendo cabeça tentando encontrar razão ou propósito para a existência dos seres sapientes no universo (não, não é o "gancho" da série do Alma de Aço, ia ficar filosoficamente CHATO PRA CARALHO, e já temos o surfista prateado como molde de todos os heróis nesta linha).

  5. Existem magia, existem milagres, porém.......

    NÃO SÃO ACESSADOS DIRETAMENTE PELOS PERSONAGENS NO UNIVERSO DOS VIVOS, O MUNDO REAL. Só as maravilhas da ciência tem possibilidade efetiva de ser empregadas voluntariamente pelos personagens, heróis, vilões, líderes políticos, milicos, esse povo todo. Mas existe coisas loucas fora de expectativa, pequenos milagres, grandes milagres, coisas que a ciência sonha em alcançar e realizar, coisas que só a imaginação porra louca de escritores chapados já sonhou visualizar.

    Aí inventei a BENDITA figura dos atravessadores nesse jogo, de indivíduos que atingiram um certo nível de transcendentalidade e que apesar de existirem à margem do mundo dos vivos, não estão mortos, apenas existem enquanto GERENTES DE ÁREA: Subseção 1 "Seres vivos que morrem - entrada do fluxo de almas no grande caldeirão", e Subseção 2 "Seres a nascer no universo vivo - saída do fluxo para gerar nova alma". Gerente de área nem sabe direito quem é o chefe deles, só estão lá incorporados ao funcionamento da engrenagem do universo, sabem o que tem de fazer, e tem alguns privilégios na hora que precisam interagir com o mundo do real.

    Por que "Gerente de área"? Olha gente, olha o tamanho do universo, a porra da imensidão que é. Não me parece razoável que se um ÚNICO indivíduo sapiente, mesmo tendo transcendido até níveis de expansão da consciência humana imponderáveis pra mim enquanto autor, TENHA CONDIÇÕES DE TOCAR TODO UM FLUXO DE GERENCIAMENTO DE ALMAS DO UNIVERSO INTEIRO. Do mesmo jeito que dividi as funções em duas, entra e sai de almas, dividi as regiões em que os gerentes alcançam atuar.



Conforme abri o post, meu jogo, minhas regras.

Ame-me ou xingue-me, ou me entupam o post exigindo que eu mude para agradá-los, ó nobres leitores.


(¹ Parabéns, Fernandinho. Com essa explicação, ASSASSINEI e AFRONTEI TODAS AS RELIGIÕES DO MUNDO destruindo o principal argumento delas em prol do progresso espiritual do indivíduo! Ainda bem que estou falando de um universo ficcional DE HISTÓRIA EM QUADRINHO DE SUPER-HERÓI)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

“CONSTRUA, E ELES VIRÃO”


(frase do personagem Sheldon Cooper, sitcom The Big Bang Theory, citando o filme Campos dos Sonhos do Kevin Costner, sobre a brilhante idéia dele recontruir Jerusalém na América, Novo México, para resolver os problemas do Oriente Médio).

Pior é que no meu caso estão vindo mesmo!!! Olha só a quantidade de gente que acessou este blog aqui desde que o BK começou a fazer minha propaganda (enganosa, claro!)

Infelizmente meu marketing está uma merda, deveria ter procedido todo o escaneamento do bagulho velho antes de montar blog! Fazer as coisas usando as pernas no lugar da massa cinzenta dá nisso.

Deixo agradecimentos ao meu muito considerado José Roberto Pereira, sem o qual provavelmente este revival dificilmente teria acontecido, e ao meu PRIMEIRO LEITOR INSCRITO neste blog, Quiof, confirmando com mérito a alcunha de “o último carioca digno”.


Vou cantar um pouquinho pra vocês a música-tema deste blog aqui no estado atual dele... hmmm, pensando bem, deixo por conta do autor dela a cantoria, quero espantar meus (2) leitores, não matá-los! Som na caixa, brother:




Joelmir Beting, A Canção



O matemático Oswaldo de Souza anunciou
Que antes do fim do mundo o mundo vai acabar

Vai acabar numa casa de má fama,
Numa cama de madame,
Vai acabar dando vexame,
O mundo vai acabar

No arquivo-morto do departamento,
Num asilo em Sorocaba,
Num grande engarrafamento
O mundo vai acabar

Vai acabar na colisão do meteoro,
Na fusão dos elementos,
A qualquer momento o mundo vai acabar

É só tocar no ponto G da bomba H




Joelmir Beting afirma com toda certeza
E o Profeta Gentileza fez questão de confirmar
Tudo leva a crer que é questão de tempo
É questão de tempo para o tempo fechar

É questão de tempo para a água furar pedra,
É questão de tempo pra você se acostumar
Que antes do fim do mundo o mundo vai acabar

É só tocar no ponto G da bomba H


O índice Nasdaq,
O tarô dos ciganos,
A vertigem dos astros,
Esse cheiro no ar

Tudo leva a crer que é questão de tempo,
É questão de tempo para o tempo fechar

É questão de tempo para a água furar pedra
É questão de tempo pra você se acostumar
Que antes do fim do mundo o mundo vai acabar

É só tocar no ponto G da bomba H

Um theme-song para o Alma de Aço

Alma de Aço abraça Driamine
Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal

E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro afinal?

Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais, de mais...
Afinal, como estrelas que brilham em paz, em paz...

Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal

Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais...


------------ O silêncio das Estrelas --------------- (Lenine - não a versão dele, a versão de minha antiga musa, a cantora Míriam Maria )

Adoro essa música mas achei a versão do próprio criador não muito legal.


Mas é muito deprê pra melancolia de meu herói. Ele era que nem eu, deprê pra caralho!!!
Nem parece que eu era aquele autor que queria dar um pé na bunda no tom de drama tragédia
e heróis derrotados que tanto lia e criticava nos gibis Marvel publicados à época pela Abril e pela RGE, e fazer heróis divertidos, engraçados, cômicos... mas ainda assim heróis!

Mas Lenine era foda, olha só o que ele me cometeu de música (pena que perdi as gravações dessa letra pela voz da Míriam, nunca pude preservar o registro!!!):



Quando você
Piscou por mim o aroma
Me despertou
De um estado de coma
Quando você
Partiu prá mim o embaraço
Deu ferrugem
Nos meus nervos de aço

Meus Olhos de Raio X
Cegaram de medo
Pois tua alma
É de chumbo e segredo

Quando você
Ciscou por mim indecisa
Eu fui a razão
Do riso da Monalisa
Quando você
Sorriu prá mim um beijo
Na hora "H" foi como detonar
A bomba do meu desejo

Meus Olhos de Raio X
Cegaram de medo
Pois tua alma
É de chumbo e segredo

Meus Olhos!
Meus Olhos!
Meus Olhos!
Meus Olhos de Raio X

Quando você
Piscou por mim o aroma
Me despertou
De um estado de coma
Quando você
Partiu pra mim o embaraço
Deu ferrugem
Nos meus nervos de aço

Meus Olhos de Raio X
Cegaram de medo
Pois tua alma
É de chumbo e segredo

Quando você
Ciscou por mim indecisa
Eu fui a razão
Do riso da Monalisa
Quando você
Sorriu prá mim um beijo
Na hora "H" foi como detonar
A bomba do meu desejo

Meus Olhos de Raio X
Cegaram de medo
Pois tua alma
É de chumbo e segredo

Meus Olhos!
Meus Olhos!
Meus Olhos!
Meus Olhos de Raio X

(o homem com olhos de raio-X - também do Lenine)

A versão dele tá ótima, sou puxa-saco da Míriam, então minha opinião não conta!

Bateu direitinho com o espírito do Latão. E é dinâmico!
Se algum dia eu precisasse fazer uma versão desenho animado do Alma de Aço, ia atrás dos dois pra conseguir os direitos de uso, e da míriam, ia fazer questão da gravação!!!



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Sonha, Fernandinho, sonha com viajantes estelares maníacos-depressivos tentando bancar os heróis e só se lascando com isso!...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

“There is a good day to die” (protoss - starcraft)

Alma de Aço, segunda aventura, a editora do Tony perdeu esses originais, 1986Alma de Aço - episodio Invasores, 1986
Obsessão por armaduras: esquerda para direita,
Turbo, Homem de Plástico e Alma de AçoObsessão por armaduras: esquerda para direita, Turbo, Homem de Plástico e Alma de Aço

Lápis da capa do Fanzine Hiperespaço - Next Generation, nº 7, 1989capa do Fanzine Hiperespaço
Ilustração avulsa de super-heróis (1985, antes do Peixoto, BK, Tony, tudo):
Cânhamo, a feiticeira,
PM - Pretty Machine, a lutadora futurista
e Turbo, homem de armadura de plásticoCânhamo, PM e Turbo

“A Ameaça Suprema” 1986, aventura do Alma de Aço originalmente concebida para ser a décima história, reunindo elenco de aventuras anteriores... OLHA A VIAGEM EM ÁCIDO!!!Poster de uma aventura do Alma de Aço
Pois é! Avisem a todos que o Armagedom está chegando... e o arauto do apocalipse tem a forma e o visual de desenhos feitos há 15, 20 anos atrás, sem a intenção à época de trazerem a carga mágica e simbólica que significam para seu criador hoje.

Apreciai, ó abençoados visitantes! Apreciai, enquanto seu anfitrião aqui pondera sobre as inevitáveis consequências que o nosso pobre mundo há de arcar quando eu divulgar o conteúdo deste blog...

Cara cade meus backups?!!


Santa desorganização e má-vontade, Batman...

Vou largar uma porcarias duns fanzines aqui enquanto não acho as velhas coisas do latão...

O resgate das memórias e perdas que ninguém parece se importar...

“A Prisioneira D’Alma (Sérgio Molina e Lílian Jacoto, interpretado pela banda Canastra) Cada detalhe me comove Me mexe, eu deixo me envol...